O bilhete de integração ônibus + Metrô/CPTM voltará ao valor de R$ 5,92
a partir desta quarta-feira (11). Já nos ônibus intermunicipais da
EMTU, a tarifa de integração só voltará aos valores anteriores na
sexta-feira (13).
O Bom Dia São Paulo percorreu três terminais entre a madrugada e a
manhã desta quarta e constatou que os valores antigos voltaram a ser
cobrados. Apesar de o valor antes do aumento já estar sendo cobrado, a
reportagem não localizou papéis informativos sobre os novos valores no
Terminal Pinheiros, Lapa e Campo Limpo. No Terminal Tatuapé há anúncio
visível na bilheteria da CPTM. Equipe de segurança do Metrô retirou a
equipe do Bom Dia São Paulo do Terminal Barra Funda e não foi possível
constatar se o valor antigo passou a ser cobrado.
Veja como ficam os valores das tarifas de transporte- Tarifa do Metrô: segue a R$ 3,80
- Tarifa da CPTM: segue a R$ 3,80
- Tarifa de ônibus: segue a R$ 3,80
- BOM - Comum/Vale transporte/empresarial: segue a R$ 3,80
- Integração ônibus + Metrô/CPTM: volta de R$ 6,80 para R$ 5,92
- Bilhete 24 horas (comum): volta de R$ 15 para R$ 10
- Bilhete 24 horas (integração): volta de R$ 20 para R$ 16
- Bilhete mensal (comum): volta de R$ 190 para R$ 140
- Bilhete mensal (integração): volta de R$ 300 para R$ 230
- Bilhete madrugador e 'Da hora' integrado: volta a R$ 5,14
- Fidelidade M8: volta a R$ 28,20
- Fidelidade M20: volta a R$ 68,00
- Fidelidade M50: volta a R$ 161,50
- Lazer BLA M10: volta a R$ 31,70
Em nota, a pasta diz que "em regime de mutirão, equipes trabalharam
durante toda a madrugada para ajustar o sistema de bilhetagem ao novo
valor da integração, que entrará em vigor nesta quarta-feira (11). Os
validadores da frota de transporte público municipal também serão
atualizados neste período".
A secretaria explica que os bilhetes Fidelidade (8, 20 e 50), Mensal
(Comum e Integração) e Diário (Comum e Integração) terão a venda
suspensa por 48 horas. O Bilhete Semanal em todas as suas modalidades
permanece extinto.
O governo do estado vai recorrer da decisão e diz que a suspensão do
reajuste causa um impacto financeiro de aproximadamente de R$ 220
milhões para o Metrô (R$ 115 milhões), CPTM: (R$ 77 milhões) e EMTU (R$
28 milhões).
EMTUSegundo
a secretaria, a partir da zero hora do dia 13, as linhas de ônibus
intermunicipais na área 5 da Região Metropolitana de São Paulo
(correspondente a Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo,
Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com exceção do
Corredor ABD), além das regiões metropolitanas de Sorocaba e Vale do
Paraíba e Litoral Norte, voltarão a ter as tarifas praticadas até 7 de
janeiro de 2017.
As passagens das linhas intermunicipais nas regiões metropolitanas de
Campinas, Baixada Santista, as áreas 1, 2, 3, 4 e o Corredor ABD da
Região Metropolitana de São Paulo, não estão incluídas na determinação
judicial e terão os reajustes mantidos.
Decisão judicialO
Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão liminar que suspende
o aumento da tarifa de integração no transporte público da cidade de
São Paulo. A Procuradoria do Estado de São Paulo requereu a suspensão
dos efeitos da tutela de urgência concedida em 1º grau após ação
popular.
Em sua decisão, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo,
desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, disse que "no caso
presente, a decisão questionada entendeu que a redução do desconto que
beneficiava significativa parcela dos usuários do transporte público
metropolitano, em especial aqueles que utilizam o sistema integrado, e
que resultou em reajuste bem acima dos índices inflacionários, não foi
devidamente justificada".
Cronologia do caso- 30/12/2016
- Alckmin anuncia manutenção do valor do bilhete unitário e reajuste da
integração ônibus + metrô/CPTM, do bilhete único 24 horas e do bilhete
único mensal
- 31/12/2016 - Reajustes são publicados no Diário Oficial do Estado; aumento entraria em vigor no dia 8 de janeiro de 2017
- 6/1/2017 - Juiz publica liminar suspendendo o aumento. Oficial de Justiça tenta notificar Alckmin, sem sucesso
- 8/1/2017 - Novos valores das tarifas entram em vigor apesar da liminar judicial
- 9/1/2017 - Governo entra com recurso contra a liminar
- 10/1/2017 - Governador é finalmente notificado e anuncia suspensão do
reajuste. Presidente do TJ nega recurso do governo e mantém a suspensão
Ainda segundo Paulo Dimas, "faltou, em uma análise inicial,
detalhamento técnico que demonstrasse a existência de situação fática
autorizadora do reajuste (ou redução de descontos em algumas modalidades
de tarifas) nos patamares praticados". Ainda segundo a decisão,
"considerados os próprios fundamentos da ordem liminar, não há como
aferir aqui que a sua manutenção representará irreparável impacto e
prejuízo ao erário."
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